15° Seminário Internacional de Gerenciamento de Projetos
Você foi ao 15º Seminário Internacional de Gerenciamento de Projetos realizado nos dias 29, 30 e 31 de agosto pelo PMI de São Paulo? Se não foi trago os melhores momentos do evento que contou com palestras incríveis. Caso tenha ido, vai gostar desse registro e ainda vai ficar sabendo alguns detalhes do evento.
O tema deste ano foi “A arte de fazer acontecer: da teoria à prática”.Para começar, tivemos a presença de Pablo Lledo, membro do conselho administrativo do PMI Educational Foundation. Pablo falou sobre Responsabilidade Social Corporativa através de fundações e de como o PMI, que tem o alcance mundial de mais de 51 milhões de gerentes de projetos passa a ter através do PMI EF o potencial de alcançar e influenciar todas as pessoas do mundo. Os programas educacionais visam atender crianças a partir dos 4 anos de idade e professores, trabalhando habilidades para preparar essas crianças para o futuro através do desenvolvimento de quatro pilares básicos: Colaboração, Comunicação, Criatividade e Pensamento Crítico. Os materiais criados são disponibilizados gratuitamente para escolas e educadores que transmitem esses conhecimentos para os alunos, como acontece no programa Skills for a Life ou Habilidades para a Vida, que já alcançou milhares de crianças no mundo todo.
Ainda no primeiro dia o evento contou com vários conteúdos importantes, sempre com a preocupação em abranger todo o triângulo do conhecimento do PMI, garantindo aos participantes a possibilidade de acumular PDU’s em cada uma das três habilidades, sendo as habilidades técnicas em gestão de projetos, habilidades em gestão estratégica e de negócios e liderança. Sobre esse último item, já no final do primeiro dia o evento contou com a presença de Roberto Pons, CEO da Project Lab, que falou sobre a falha na formação profissional dos gerentes de projetos que não são treinados para lidar com pessoas. Lembrou que até recentemente a alta gestão das corporações pregava que problemas pessoais deveriam ser deixados em casa, enquanto psicólogos e orientadores diziam que problemas profissionais deveriam ser deixados nas organizações, como se fosse possível ligar e desligar deliberadamente esses componentes em nossas mentes. O papel de gerente sempre existiu e sempre irá existir, sendo executado através dos conhecimentos técnicos em administração e gestão de negócios. Mas essa atividade não é mais possível sem que se leve em consideração os fatores comportamentais, e esse é o papel do líder. Um bom gerente de projetos deve possuir os dois perfis, o de gestor e o de líder. Assim, a habilidade de liderança foi incluída pelo PMI no triângulo do conhecimento devido ao apelo do mercado, que não vem observando bons resultados nos projetos, conduzidos tecnicamente pelos seus gestores. A verdade é que para ser um líder profissional não bastam as áreas de conhecimento do PMBOK®. É preciso ir muito mais fundo nos assuntos relacionados à liderança e comunicação. Assim, Roberto Pons sugere a constituição de um novo padrão direcionado a esse novo papel de líder, abrangendo seis fatore essenciais que são Liderança em Projetos, Liderança de Equipes, Comunicação, Gestão de Stakeholders, Negociação e Gestão de Conflitos e Mudanças. A estes se juntam mais seis fatores complementares, mas não menos importantes, que são a Inteligência Emocional, Criatividade e Inovação, Colaboração e Cultura, Habilidades Gerenciais, Desenvolvimento Pessoal e Branding ou Marketing Pessoal. Segundo Roberto esses 12 fatores transformariam os bons gestores de hoje em líderes de projetos, tornando possível a obtenção dos melhores resultados desejados pelo mercado.
O segundo dia contou em sua abertura com Cecília Boggi com a palestra “Liderando as Mudanças Através das Emoções”. Nessa palestra Cecília afirmou que as emoções de um líder são contagiosas, sejam elas positivas ou negativas. Por isso é importante que o líder procure o desenvolvimento pessoal através da autoconsciência, auto regulação e motivação pessoal, para saber transmitir as emoções corretas e provocar as reações esperadas em seus liderados. Quanto às motivações pessoais, demonstrou como todos nos somos guiados por três fatores básicos que são: Motivação pelas pessoas (líder altruísta), motivação por resultados (líder assertivo ou diretivo) e a motivação por processos (líder analítico). Segundo ela, todos nós possuímos uma combinação dos três fatores em diferentes graus de desenvolvimento, constituindo nosso sistema de valores motivacionais, que é o conjunto de valores que influenciam nossas decisões. O ideal para um bom líder gestor é que possua um equilíbrio entre os diferentes fatores.
Após várias palestras relevantes abordando aspectos importantes da gestão de projetos, o evento terminou o quadro de palestras em alto nível, com José Augusto Minarelli abordando o tema que ele vem defendendo tão bem ao longo de sua carreira que é a importância dos relacionamentos. Através de uma palestra leve, sem slides ou roteiro pré-definido, mas com muita participação da plateia, Minarelli demonstrou a importância de uma boa rede de relacionamentos e como uma comunicação efetiva pode fazer a diferença na hora de se resolver um problema, mesmo que seja para uma recolocação, já que nós, os profissionais de gestão de projetos vivemos em transição, dada a natureza finita dos projetos. Minarelli também falou da importância de imprimirmos qualidade no que fazermos. Para tanto construiu a seguinte frase que eu pessoalmente considero uma pérola: “Precisamos entregar um serviço que preste, com presteza, para adquirirmos prestígio”. Para terminar, citou os seis fatores que todos devemos gerenciar para mantermos a empregabilidade, ou para os padrões mais modernos, a “trabalhabilidade”. São eles: Alinhamento entre trabalho e vocação, competências técnicas, idoneidade, saúde física e mental, reserva financeira e rede de relacionamentos.
Como o terceiro dia estava reservado apenas para workshops, ao final do segundo dia houve o encerramento formal do seminário e uma divertida festa regada a cerveja e caipirinhas variadas, ao som da Banda Putz Grilla tocando Rocks nacionais dos anos 80 e 90. Foi muito divertido e os participantes, organizadores e voluntários puderam se confraternizar e comemorar o sucesso do evento, que consumiu muitas horas de organização e esforço de Mônica Mancini, Diretora do Programa do Seminário Internacional, e de todos os profissionais que trabalharam de forma voluntária na organização.
Escrito por: Paulo Mei
Post Original: Pmmindmap.com.br
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