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Diagnose Foliar

August 05, 2021
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A diagnose foliar da SGS é uma metodologia que reflete o teor dos nutrientes em amostras de folhas emitindo um diagnóstico preciso qualificando o estado nutricional de uma cultura e promovendo soluções assertivas ao cultivo.

DIAGNOSE FOLIAR

Descubra a importância de avaliar o estado nutricional da cultura

IMPORTÂNCIA

A diagnose foliar reflete o estado nutricional de uma cultura em determinado estágio de seu desenvolvimento. A concentração dos nutrientes nas folhas espelha as variações dos elementos no solo, em função do suprimento e forma em que estes estão sendo disponibilizados e, acima de tudo, o quanto desses nutrientes está sendo aproveitado pelo metabolismo vegetal. Essa avaliação auxilia na escolha do tipo e da dose dos fertilizantes a serem utilizados para um cultivo de elevada qualidade do produto e aumento de produtividade.Vale lembrar que as formulações cada vez mais concentradas (NPK) acabam por negligenciar o fornecimento de alguns elementos para as culturas, como pode ocorrer com o enxofre. Mais importante do que a concentração isolada de um determinado nutriente nas folhas, é o equilíbrio nutricional dessa planta, o que afeta diretamente tanto a quantidade quanto a qualidade da produção. A análise foliar determina a quantidade efetiva do nutriente nos tecidos, sendo o que a planta efetivamente consumiu e não apenas o que está disponível no solo, mas não se tem certeza que está sendo efetivamente aproveitado pela planta. A deficiência de nutrientes ocasiona desbalanço nutricional na cultura, desencadeando distúrbios fisiológicos, bioquímicos e metabólicos, com consequente perda de produtividade e qualidade do produto.

DIAGNOSE FOLIAR x DIAGNOSE VISUAL

Para avaliação do estado nutricional das plantas duas ferramentas são utilizadas: a diagnose foliar (análise química dos tecidos vegetais) e a diagnose visual (observação de sintomas de deficiência ou excesso de algum elemento). A análise de tecido vegetal vem complementar a análise de solo, atuando como um ajuste fino para a adubação, com vistas a maximizar o potencial produtivo da cultura e melhorar a eficiência no uso dos fertilizantes. Para essa análise química é fundamental atentar-se à parte da planta mais indicada para coleta das amostras e a época de desenvolvimento da cultura mais adequado para a análise, objetivando alcançar o período de máxima demanda de nutrientes pela cultura, que é a ocasião mais propícia a ocorrer a deficiência.

A diagnose visual é uma ferramenta muito útil no campo e pode ser também importante para complementar o diagnóstico nutricional da cultura. Entretanto, quando a cultura mostra sintomas é sinal que a produção já pode estar seriamente comprometida. O manejo adequado de nutrientes tem por objetivo fazer com que não ocorram sintomas visuais de deficiência e, caso surjam, possam ser rapidamente corrigidos para minimizar possíveis perdas em produção.

PARA QUE SERVE A DISGNOSE FOLIAR?

A diagnose foliar consegue demonstrar se os fertilizantes que estão sendo adicionados ao solo estão realmente ficando disponíveis e sendo absorvidos pela planta, podendo atestar o manejo eficiente da adubação.

A diagnose foliar pode auxiliar:

  • Na caracterização de deficiências nutricionais, em especial, quando mais de um nutriente está em baixa concentração no tecido foliar;
  • Evitar problemas nutricionais para as próximas safras ou culturas utilizadas em rotação;
  • Corrigir possíveis deficiências ainda na mesma cultura em desenvolvimento;
  • Identificar possíveis interações dos elementos, principalmente, em aplicações foliares;
  • Manter a planta sempre bem nutrida, a fim de evitar que a cultura fique susceptível ao ataque de pragas e doenças;
  • Estabelecer fertilizantes mais adequados em relação ao estado nutricional atual da cultura.

CUIDADOS NA AMOSTRAGEM DE TECIDO FOLIAR

A amostragem das folhas das plantas para fins de diagnose foliar é uma etapa muito importante na execução desse procedimento. Se essa etapa não for executada com todos os cuidados, pode ocorrer comprometimento de toda essa avaliação. Uma boa sequência no procedimento para coleta de amostras de material vegetal, segundo Malavolta et al. (1997) é:

  • Dividir a lavoura em talhões homogêneos, conforme distribuição e cultivo adotados na propriedade (de preferência uniformidade em termos de idade, variedade, espaçamento, solo e manejo).
  • Caminhamento em ziguezague em cada talhão, retirando a folha indicada para diagnose, conforme a cultura a ser amostrada.
  • A coleta deve ser realizada, preferencialmente, entre 7 e 11h, desde que não tenha chovido nas últimas 24h.
  • Deverão ser coletadas folhas de, pelo menos, 25 plantas em cada talhão. As folhas devem ser misturadas com o intuito de formar uma amostra composta a ser enviada ao laboratório. Em relação às culturas perenes, retirar quatro folhas (ou pares de folhas) por planta nos quatro quadrantes, amostrando a sua meia altura.
  • As amostras coletadas devem ser acondicionadas em sacos bem limpos (nunca utilizar sacos usados ou sujos).
  • Fazer a correta identificação das amostras com o maior número de informações possíveis (cultura, talhão, idade, data de coleta, nome da fazenda, proprietário, se houve algum tipo de aplicação de fertilizante foliar e/ou defensivo recente).
  • As amostras coletadas devem ser imediatamente enviadas ao laboratório que realizará a análise foliar. Caso o envio imediato não seja possível, realizar a pré-secagem dessas amostras para que elas não sejam inviabilizadas durante o transporte ao laboratório. Para fazendas muito distantes, para tentar evitar fermentação do material vegetal no transporte, é possível deixar as folhas secando ao sol em superfície extremamente limpa e sem chance de contaminação por período, normalmente, de 1 a 3 dias, dependendo da cultura. Lembrar de recolher as folhas ao entardecer para que elas não adquiram umidade do sereno durante a noite.
  • A amostragem nunca deve ser realizada após adubação foliar ou pulverizações com defensivos. Caso essas operações tenham ocorrido, aguardar período de 30 dias, evitando efeito residual dos produtos aplicados.
  • Não misturar folhas de plantas com danos e/ou sintomas com folhas de plantas sadias. Ressalta-se que para ser problema nutricional, os sintomas devem ser repetitivos e simétricos, ou seja, não podem ocorrer em apenas algumas poucas plantas e devem ser repetidos do mesmo jeito e localização na planta.
  • Não coletar folhas de plantas de bordaduras de talhões, carreadores e plantas cheias de terra. Não coletar folhas de plantas com falhas ao lado, pois tem o mesmo efeito de bordaduras.
  • Uma alternativa viável para evitar fermentação do material vegetal até ser transportado é conservá-lo em geladeira (não em congelador).

A parte mais crítica do processo de diagnose foliar é a amostragem, uma vez que as partes da planta não apresentam a mesma quantidade de nutrientes, variando de acordo com fatores como idade, variedade, estágio de desenvolvimento, entre outros. Deve-se ter critério para amostrar a folha recém-madura numa dada época da vida da planta. A parte da planta e a época mais adequadas para amostragem podem ser consultadas com os especialistas técnicos da SGS.

MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. 2. ed. Piracicaba: Potafos, 1997. 319 p.

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